A reciclagem eletrônica tem como efeito a coleta, separação, desmontagem e descarte ecologicamente correto no comércio de sucata industrial com diversos materiais de escolhas entre elas, tubos, materiais de computador, chapas, placas. O lixo eletrônico é um dos grandes problemas da atualidade. Segundo dados do Greenpeace, por ano, são produzidos até 50 milhões de toneladas desse tipo de dejeto no mundo inteiro. E o volume vem crescendo em 5% ao ano na Europa. A questão principal não é a só que esse lixo ocupe muito espaço, o grande perigo é que a maior parte dos aparelhos eletrônicos usa em sua fabricação metais tóxicos, como mercúrio, chumbo e cádmio. "Quando um computador vai para o aterro sanitário, essas substâncias reagem com as águas da chuva e contamina os afluentes e o solo", alerta Tereza Cristina Carvalho, diretora do Centro de Computação Eletrônica da Universidade de São Paulo (USP) e coordenadora do Centro de Descarte e Reciclagem de Lixo Eletrônico da instituição.
EM RESUMO:
No Brasil, a questão da destinação de aparelhos elétricos começou a ser discutida só agora, com um projeto de lei aprovado na Assembléia Legislativa de São Paulo e que prevê que os fabricantes, importadores e comerciantes sejam responsáveis por recolher e destinar o lixo eletrônico. Porém, Tereza Carvalho explica que a iniciativa é válida, mas não resolve o problema, já que trata apenas de computadores, monitores e produtos magnetizados. Sistemas de rede e parques de telefonia ficaram de fora. "Na Europa, que está bem avançada no assunto, desde 2002, existem leis que obrigam os fabricantes a se responsabilizar por todos os eletrônicos produzidos. Além disso, só podem ser fabricados micros verdes", diz a professora. Para um computador ser considerado verde, ele precisa ter um sistema de economia de energia, ser produzido dentro de padrões de gestão ambiental e não ter chumbo em sua composição. No Brasil, algumas marcas já oferecem essa opção, mas o mercado ainda é muito pequeno. "É muito importante divulgar o problema e alertar os consumidores para, primeiro, nunca darem aparelhos velhos aos sucateiros, que só vão retirar as partes que podem vender, o resto jogam fora. O ideal é que os usuários deveriam comprar apenas micros verdes. Se houver a demanda, todas as empresas vão ter que se adequar", finaliza Tereza Carvalho. Faça sua busca nos sites classificados e encontre compradores e vendedores de sucatas de informatica.